MPA promove curso internacional de pesca e aquicultura familiar

13/01/2012 – 11:10

Vinte e cinco lideranças da pesca artesanal e da aquicultura da Ásia, África e América Latina participam, no Rio Grande do Sul, de um curso de capacitação profissional, com o objetivo de se tornarem multiplicadores de conhecimento em seus países de origem.

O curso, Gestão Social da Cadeia Produtiva da Pesca Artesanal, é uma iniciativa do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, responsável pelo patrocínio, e a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), que ministra o curso, através do Núcleo de Desenvolvimento Social e Econômico (NUDESE).

A FURG está situada na cidade gaúcha de Rio Grande, no extremo sul do estado, que conta com um dos principais portos de movimentação de cargas do País. Os participantes do curso têm a oportunidade de discutir temas de interesse, com foco na autonomia dos pescadores profissionais artesanais e aquicultores familiares através da organização e participação social.

Os temas do curso, ministrados por especialistas da Universidade, são os seguintes: Educação popular, participação e mobilização social; Saúde no trabalho; Gestão participativa: cooperativismo e associativismo; Planejamento e plano de negócios; A importância da articulação em redes; Cadeia produtiva da pesca; Empreendimentos econômicos solidários; Sustentabilidade da pesca e aquicultura; e Técnicas e cuidados para a manipulação e para a comercialização de pescado.

A partir dos conhecimentos adquiridos, os participantes poderão repassar o que aprenderam às suas comunidades, de forma crítica e ampla sobre os diferentes assuntos de interesse da cadeia produtiva da pesca e aquicultura artesanal.

 

Cooperação

A experiência brasileira em pesca e aquicultura têm despertado o interesse de países em vários continentes. O País, afinal, tem grande diversidade de espécies e conta com o maior volume de água doce do planeta, além de um extenso litoral. Assim, o governo brasileiro, através do Ministério da Pesca e Aquicultura, tem sido ativo em fóruns internacionais em sua área de competência, como o Comitê de Pesca da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (COFI/FAO), a Comissão Internacional para a Conservação do Atum no Atlântico (ICCAT) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Através do Ministério, o Brasil também tem tido um papel de liderança na Rede de Aquicultura das Américas e realizado memorandos de entendimento com um grande número de países, com o objetivo de trocar conhecimentos técnicos e científicos, bem como de práticas e experiências em temas de pesca e aquicultura. Entre esses parceiros encontram-se China, Rússia, Coréia, Paraguai, Venezuela, Uruguai, Islândia e Noruega.

Com países fronteiriços – Suriname, Guianas, Venezuela, Argentina, Uruguai e Colômbia – tem havido um esforço de harmonização de legislação e de aperfeiçoamento do uso de recursos compartilhados, tanto em alto mar como em bacias hidrográficas.

O MPA participa de vários projetos de cooperação técnica internacional. Este é o caso do programa Agricultura, Segurança Alimentar e Políticas Sociais. Nesse âmbito, técnicos do Ministério promoverão cursos em aproximadamente vinte países. Apenas em 2011, servidores do MPA realizaram missão de prospecção à Guiné, República de Camarões e Malauí a convite da Agência Brasileira de Cooperação. O MPA recebeu, ainda, a visita dos ministros do Congo, Sudão, Camarões e delegações da Palestina, Bolívia e Timor Leste, que visitaram centros produtivos em diferentes estados.

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